Programa

Notícias

Catálogo de disciplinas 2020.2

COM 2613 2IA Seminários Avançados I

PROFA. ANDRÉA FRANÇA 

PROFA. PATRICIA MACHADO 

PROFA. CONSUELO LINS (ECO/UFRJ)

ME/DO - Horário: Segunda, de 13h às 16h

Em toda crise é destruída uma parte do mundo, destruída alguma coisa que é comum a todos (Hanna Arendt). O curso apresenta e discute diversos ensaios escritos por pensadores contemporâneos sobre a pandemia do novo coronavirus (G. Agamben, S. Zizek, D. Harvey, J. Butler, A. Mbembe etc), além de ensaios visuais e outras produções imagéticas e sonoras produzidas durante a crise ou em desastres sanitários anteriores. A proposta é pensar a crise radical do mundo tal como experimentamos e conhecemos até aqui. A atual pandemia, a crise permanente e a normalidade da exceção. Necropolítica e a lógica de morte em massa dos pobres e idosos “sem valor” das sociedades capitalistas. Pandemia e geopolítica mundial. Refugiados, direitos humanos, fronteiras nacionais e simbólicas. Além dos textos escritos, o curso analisa igualmente filmes, experimentos audiovisuais diversos e peças literárias com foco nas pandemias históricas.

COM 2121 2IA Comunicação e práticas de representação I

Narrativas midiáticas: tempo presente e história cultural

PROF.: EVERARDO ROCHA

PROFA. BRUNA AUCAR

PROF. WILLIAM CORBO (IFCS/UFRJ)

PROFA. MARINA FRID (UFRJ)

ME/DO - Horário: Segunda, de 16h às 19h

O curso pretende investigar aspectos do imaginário que as narrativas midiáticas – anúncios publicitários, revistas, notícias de jornais, telenovelas, seriados, programas de rádio e televisão, filmes, entre outras – fazem circular na vida social, seja no tempo presente seja em suas histórias culturais. Essas narrativas, seus textos e imagens, elaboram um diversificado leque de representações e práticas sociais. Nesse sentido, serão examinados componentes desse universo com base nas escolhas realizadas pelos alunos que irão definir seus respectivos interesses dentro dessa temática mais ampla. A partir de reflexões sobre a complexidade das narrativas e de suas representações, o curso vai debater um conjunto de textos relacionados com estratégias, exemplos, decisões intelectuais e bibliográficas, possiblidades e modos de construção de um artigo acadêmico. A proposta é, portanto, que os alunos desenvolvam seus próprios estudos, que serão discutidos em aula, voltados para as especificidades de cada uma das questões escolhidas.

COM 2611 2IA – Tópicos especiais em comunicação e experiência

Introdução à ecologia das mídias: tecnologia e cultura

PROFA: ADRIANA BRAGA

ME/DO - Horário: Terça, de 13h a 16h

A palavra ecologia pressupõe o estudo de ambientes: sua estrutura, conteúdo e impacto sobre as pessoas. A Ecologia das Mídias investiga a questão de como as tecnologias e as mídias afetam a percepção, a compreensão, os sentimentos e os valores humanos. Este curso busca apresentar os principais ângulos de estudo da perspectiva denominada Ecologia das Mídias, suas referências e textos fundamentais. Apresenta seus fundamentos históricos, teóricos e críticos. Além da centralidade de seu maior expoente, o pensador canadense Herbert Marshall McLuhan, o curso explora as ideias de autoras e autores centrais no desenvolvimento do campo de estudo da Ecologia das Mídias.

COM 2712 2IA – Seminário de tese

PROF.: JOSÉ CARLOS RODRIGUES

DO - Horário: Terça, de 14h às 19h

COM 2118 2IA – Comunicação e cultura da imagem

Cinema e acontecimento: irrupção e produção de subjetividade

PROF. GUSTAVO CHATAIGNIER

ME/DO - Horário: Quarta, de 13h às 16h

A filosofia de Alain Badiou retoma alguns elementos combalidos na história da filosofia – notadamente as noções de sujeito e mesmo as de verdade e de sistema. Seu pensamento constitui-se em uma aposta racional sobre a inteligibilidade do múltiplo, domínio da experiência e do efêmero. Seus esforços aliam a logicidade da matemática, alçada ao papel de ontologia, e a mediação poética, apta a fazer circula o novo e assim o tornar disponível. O sujeito é assim uma criação, fiel ao acontecimento que o cria. A relação clássica do sujeito da verdade é invertida assim na verdade do sujeito. Haveria quatro procedimentos genéricos, universais e impessoais, instauradores de pontos de inflexão na construção de problemas, quer dizer, no horizonte de expectativas: arte, política, amor/psiquismo e ciência. Ao se compreender a noção de “acontecimento” como irrupção do acaso que desestabiliza expectativas, ensejando uma desorganização de referenciais e a posterior construção de um sujeito no tempo, aborda-se o fenômeno artístico como uma lente privilegiada para a formação de valores e indivíduos. O cinema como acontecimento não se reduz ao somatório de bilheterias e tampouco à ideia de representação. Por um lado, há o acontecimento estético e, por outro, sua sobrevida construída por meio de séries ou constelações com as quais se liga e cada atualização. O curso explorará a construção do conceito em sua fonte e o ligará, não como aplicação, mas a experimentos imagéticos  que desvinculam a imagem a uma identidade. Para tanto, além da leitura de literatura especializada, há que se debruçar sobre filmes que primam tanto por um enredo não resolutivo quanto para um experimento audiovisual criador de uma realidade sensitiva, ao invés de referenciar a algum elemento empírico.

COM 2212 2IA – Seminários Avançados III

Narrativa e temporalidade: novos regimes da ficção

PROFA. VERA. L. F. DE FIGUEIREDO

ME/DO - Horário: Quarta, de 16h às 19h

Na modernidade tardia, a experiência temporal, pautada pelas mudanças vertiginosas no campo tecnológico e pelo movimento frenético do consumo, é balizada pela percepção contraditória de se viver numa época caracterizada pela máxima aceleração e pela máxima estagnação do tempo: um presente perene afrouxa os laços com passado e o futuro. No entanto, cabe lembrar que, já nas páginas dos jornais, o cotidiano era exposto fragmentariamente, como fenômenos isolados, em contiguidade. A disposição episódica das notícias acentuava a espacialização do tempo. O que se perdia, aí, como nos atuais bancos de dados da internet, era exatamente o fio que ligaria os acontecimentos. De lá para cá, a lógica das redes põe cada vez mais em xeque a noção convencional de narrativa, diluindo, com seus arquivos intermináveis, a progressão temporal linear. São outras também as relações com o tempo, quando, no campo da produção midiática, por exemplo, se opta, nas atuais séries televisivas, pelo “eterno retorno” das temporadas, em detrimento da sequencialidade que, nos folhetins tradicionais, conduz a trama até o final, que lhe imprime sentido. Pretende-se, no curso, pensar essas mudanças, considerando, por outro lado, a ênfase crescente conferida à narrativa, desde a segunda metade do século XX, como mediadora da relação entre o homem e o mundo: a partir da relativização das certezas do pensamento moderno, da deslegitimação dos fundamentos que sustentavam o projeto universalista da história humana, termos como narrativa e ficção tornaram-se frequentes em textos de vários campos, além do campo da arte, como o da filosofia, da política ou da ciência. Para discutir tais questões, teorias seminais da narrativa serão revisitadas, assim como pretende-se analisar, em perspectiva comparada, obras de ficção cinematográficas, televisivas e literárias.

COM 2116 2IA – Leitura e representações midiáticas II

Comunicação e estudos culturais: itinerários múltiplos no debate midiático

PROFA.  TATIANA SICILIANO

PROFA. CLÁUDIA PEREIRA

ME/DO - Horário: Quinta, de 13h às 16h

O curso pretende discutir, em uma perspectiva histórica, a tradição dos Estudos Culturais no campo da Comunicação, desde sua formação original, na década de 1960 em Birminghan (UK), até  sua circulação em um mundo globalizado. Raymond Williams legou uma leitura mais generosa da teoria marxista, ao sublinhar que os sujeitos produzem, moldam e transformam suas condições de existência nas práticas cotidianas. Daí a importância de compreender como se dão as disputas identitárias dentro dos produtos culturais e midiáticos, que , ao mesmo tempo, as constroem .  Tal perspectiva toma múltiplos itinerários, ao formar outras importantes tradições, como a culturalista na América Latina, cujos aportes conceituais – mediações e hibridismos culturais –  são caros ao campo midiático e comunicacional.

COM 2612 2IA – Tópicos especiais em comunicação e produção

Jornalismo, plataformas digitais e Economia Política da Comunicação

PROFA. PATRÍCIA MAURÍCIO

ME/DO - Horário: Quinta, de 16h às 19h

Este curso tem como objetivo estudar como a internet, e com ela as plataformas digitais, vêm alterando o jornalismo e, em particular, seu modelo de negócio. Grande parte da distribuição do jornalismo está hoje nas mãos das plataformas, e por isso trataremos também da regulação que começa a ser criada para que o interesse desses oligopólios não seja dominante. Para tratar do contexto em que essas mudanças estão inseridas, faremos leituras do campo da Economia Política da Comunicação que tratam da sobreposição do interesse privado (o lucro) ao interesse público e problematizam a transformação da comunicação e da informação em mercadorias.

COM 2614 2IA – Seminários Avançados VI

Pesquisas em Comunicação e leituras de Foucault: discurso, verdade, saber e poder

PROFS: LEONEL AGUIAR

ME/DO - Horário: Sexta, de 13h às 16h

O objetivo do curso é apresentar conceitos centrais da obra de Michel Foucault que possam ser aplicados nas pesquisas em Comunicação e, mais especificamente, nos estudos em Jornalismo. A partir de leituras de textos fundamentais da obra foucaultiana, pretende-se abordar questões teóricas que vinculem as práticas discursivas, a produção de saber, de estratégias de poder e os efeitos de verdade com o processo de midiatização da sociedade contemporânea. As reflexões propostas compreendem que é justamente pela ordem do discurso que se articulam as relações de poder-saber.


PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DO RIO DE JANEIRO

Rua Marquês de São Vicente, 225
- Prédio Kennedy - 6° andar Gávea
Rio de Janeiro, RJ - Brasil - 22451-900
Cx. Postal: 38097
tel. +55 (21) 3527-1144 . poscom@puc-rio.br