Livremente inspirada em Charlotte de Mecklenburg-Strelitz, que, aos 17 anos, casou-se com o então recém-coroado Rei George III, da Inglaterra, a série “Rainha Charlotte” tem um figurino bastante fiel à época retratada, mas com referências à moda contemporânea. No artigo “Leis suntuárias, vestimentas e regulações sociais femininas na série Rainha Charlotte”, as professoras Bruna Aucar e Tatiana Siciliano, do PPGCOM/PUC-Rio, e Olga Bon, do curso Comunicação Moda e Consumo, da Coordenação Central de Extensão, analisam como a vestimenta pode traduzir diferenças sociais ou representar mecanismos de manutenção de poder e hierarquia.
As autoras se detêm às regulações que condicionavam a vida das mulheres na corte da Inglaterra, no século XVIII. O império europeu produziu um grande número de regramentos para vestuário, as chamadas leis suntuárias, sobretudo durante a dinastia Tudor (séc. XV a XVII). O primeiro estatuto oficial inglês sobre vestimenta data de 1337 e se referia a restrições e permissões sobre o uso de peles. Segundo o sociólogo Alan Hunt, essas leis permitiam aos soberanos preservar a exclusividade do uso de peles, sedas, veludos, brocados ou qualquer material, peça ou tecido que conferisse vantagem hierárquica.
A série “Rainha Charlotte” estreou em maio de 2023 no streaming, com seis episódios. A produção é um spin-off de “Bridgerton”, também da Netflix, e ambas são projetos da americana Shonda Rhimes.
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