Patrícia Maurício e Lilian Saback (orgs.)
Resumo: Regulação das comunicações e o interesse público: estudos contemporâneos, organizado por Patrícia Maurício e Lilian Saback, busca entender como a comunicação é regulada no Brasil e o que falta para que o interesse público seja a base dessa regulação. Para isso, o livro analisa o que determina que a comunicação seja como é no país.
A obra traça um panorama amplo de algumas das questões a serem pensadas na construção dessa regulação democrática da comunicação, desde os setores tradicionais das telecomunicações e da radiodifusão, que passaram, e vêm passando, por profundas transformações desde os inícios da reestruturação produtiva, tendo de reorganizar-se em consequência, até os atuais debates em torno do sistema de streaming e o 5G, pela TV segmentada e a comunicação pública, levantando questões como a da produção nacional, o marco civil da internet, o jornalismo, a desinformação, o copyright e a legislação antitruste, além de toda uma parte dedicada ao estudo de casos nacionais.
Regulação das comunicações e o interesse público: estudos contemporâneos. 1º ed. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, 2024, 280p.
James W. Carrey / Organização: Arthur Ituassu, Everardo Rocha e Tatiana Siciliano
Resumo: Em Comunicação como cultura: ensaios sobre mídia, tecnologia e sociedade, a comunicação é observada como fenômeno além da mera transmissão de informação. O autor estadunidense James W. Carey ressalta a conexão entre as palavras “comunicação” e “comunidade” e amplia sua definição a fim de incluir o elemento de unidade de um povo: a cultura. A partir de McLuhan e Harold Innis, suas duas grandes influências, o autor James W. Carey procura pensar a mídia como um elemento central na história ocidental, e não somente como acessório. A partir de uma perspectiva de comunicação como “ritual”, Carey observa um noticiário menos atento aos efeitos de transmissão e mais às formas pelas quais as visões de mundo são apresentadas e reforçadas. Na concepção de Carey, pensar a tecnologia fora do domínio da história e dos contextos políticos e econômicos, é não compreender as possibilidades e limitações colocadas pela cultura das tecnologias. Carey, ainda em 2005, destacava o enfraquecimento dos Estados, a violência étnica e o retorno das religiões em formas fundamentalistas como consequências do fortalecimento da internet. Num contexto de alastramento da desinformação, irrupção de discursos extremistas e cresceste manipulação dos usuários digitais, os escritos de Carey se mostram precisos. A percepção cultural de Carey, ainda pouco conhecida no Brasil, expande a questão comunicacional para novas vertentes, permitindo um maior entendimento da polarizada conjuntura atual.
Comunicação como cultura é a primeira tradução da pesquisa de James W. Carey para o português. O leitor encontrará um debate ampliado sobre os símbolos e significados transmitidos através das mensagens e sobre o caráter coletivo dos fenômenos comunicacionais.
Everardo Rocha
Resumo: This book argues for the study of consumption and its relationship with media images, particularly advertising, from a cultural perspective. Focused on Brazil, it draws on decades of research by the author and engages with theory and concepts from a range of classic anthropological works. The chapters examine how advertising professionals view their craft, the resistance to capitalism amongst native Brazilians, images of women and their bodies in magazines, and the case of the first soccer player to become a national media celebrity. Rocha supports the study of consumption as a classification system that materializes culture and creates relations between people and goods. The book presents advertising as a mode of magical thinking that mediates the passage from the machine-driven sphere of production to the humanized sphere of consumption, converting meaningless impersonal things into goods that have name, origin, identity and purpose. It will be of interest to anthropologists, sociologists and others working on advertising, marketing, communications, and consumer research.
LeiaRobert Logan e Adriana Braga (orgs.)
Resumo: We address the question of whether AI, and in particular the Singularity—the notion that AI-based computers can exceed human intelligence—is a fallacy or a great opportunity. We have invited a group of scholars to address this question, whose positions on the Singularity range from advocates to skeptics. No conclusion can be reached as the development of artificial intelligence is still in its infancy, and there is much wishful thinking and imagination in this issue rather than trustworthy data. The reader will find a cogent summary of the issues faced by researchers who are working to develop the field of artificial intelligence and in particular artificial general intelligence. The only conclusion that can be reached is that there exists a variety of well-argued positions as to where AI research is headed.
AI and the Singularity: A Fallacy or a Great Opportunity?. 1. ed. Basel, Switzerland: MDPI, 2020. v. 1. 273p .
Claudia Pereira (org.)
Resumo: The collection brings together texts of Brazilian researchers who are dedicated to themes related to studies of youth cultures: social interactions, subcultures, identities and belonging, pop culture, social movements, migration, consumption and materialities, generational exchanges, media representations and digital media, among others.
The objective is to promote a broad dialogue that includes fields of knowledge such as communication and social sciences, as well as local perspectives that represent the huge and rich diversity of the Brazilian regions. At the same time, the book proposes to discuss the reflexivity of such local youth cultures in the face of a global context that challenges, with ruptures and permanencies, the very idea of youth. The book seeks to fill the gap of a selection of scientific texts by Brazilian authors, about Brazilian youth cultures, aimed at foreign researchers.
Brazilian Youth: Global Trends and Local Perspectives. 1. ed. Abington & New York: Routledge, 2020. v. 1. 167p .
Cláudia Pereira (org.)
Resumo: Ao falar do skate e de seus praticantes, o livro Skate 360°: rolés teóricos pelas ruas da cidade, coordenado por Claúdia Pereira, busca construir uma visão privilegiada sobre o skatista do ponto de vista da comunicação e das ciências sociais.
Através da reunião de entrevistas, observações de campo e produção coletiva, os autores se propõem a responder à pergunta “o que faz um skatista ser um skatista ‘de verdade’ e como a publicidade o transforma numa ideia?”, alcançando reflexões sobre juventude, contracultura, conflitos de gênero e de gerações.
Skate 360° aborda o skate como subcultura e as representações coletivas a respeito dos skatistas na tentativa de entender como os dois, a prática e o praticante, se relacionam com a cidade do Rio de Janeiro – ou com qualquer cidade.
Gustavo Chataignier, Liliane Heynemann, Tatiana Siciliano e Luiz Baez (org.)
Resumo: Rostos de Bergman: vida e morte em um plano, livro organizado por Gustavo Chataignier, Liliane Heynemann, Tatiana Siciliano e Luiz Baez, traz uma mistura temática que unifica fragmentos das obras do cineasta Ingmar Bergman (1918-2007).
De modo simultâneo, Rostos de Bergman apresenta aspectos estéticos, políticos e históricos da filmografia do diretor e escritor sueco.
Com o intuito de proporcionar uma amostra da vasta obra do realizador, os organizadores realizaram uma seleção de duplas de filmes, reunidos segundo afinidades eletivas. Assim sendo, a obra oferece ao público uma apresentação dos filmes, seguida de uma leitura analítica feita por pesquisadores da Comunicação.
Dos primeiros filmes ao último, Ingmar Bergman se constituiu numa lenda viva. A Sétima Arte, em geral, e o cinema do mestre sueco, em particular, atuam como ferramentas de compreensão da realidade, responsáveis pela educação sentimental de gerações de cinéfilos.
Espera-se que o material acompanhe estudantes de cinema, de comunicação e das artes na feitura de trabalhos acadêmicos e em suas futuras produções artísticas.
Rostos de Bergman: vida e morte em um plano. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio, 2020, 142p.
Vera Lúcia Follain de Figueiredo
Resumo: A partir da década de 90 do século passado, o reconhecimento das possibilidades subversivas da ficção foi cada vez mais restringido ao fato de permear os discursos tidos como documentais, abalando o regime de verdade que pressupõem. Na esteira da recusa dos fechamentos teleológicos e dos ilusionismos da cultura de mercado, colocou-se sob suspeita o potencial das narrativas de ficção como criadoras de mundos imaginários que distendem os limites do possível.
Num contexto cultural assombrado pela proliferação das chamadas fake news e pela multiplicação ao infinito de narrativas conspiratórias que alimentam o temor de uma completa ficcionalização do mundo, como afirmar o papel da ficção como instrumento crítico de transformação da sociedade?
Essa é uma das principais questões levantadas neste livro, cujo eixo gira em torno das relações estabelecidas, no campo do cinema e da literatura, entre narrativa e política e narrativa e ética.
A ficção equilibrista: narrativa, cotidiano e política. 1. ed. Belo Horizonte/ Rio de Janeiro: Relicário/PUC, 2020. v. 1. 238p.
Adriana Braga, Lance Strate e Paul Levinson
Resumo: Nas últimas décadas, as investigações sobre ecologia das mídias vêm ganhando espaço nos estudos de comunicação. Essa tradição de pesquisa multidisciplinar se desenvolveu nos Estados Unidos a partir dos anos 1950, tendo como base o pensamento do teórico canadense Marshall McLuhan. A perspectiva procura compreender o funcionamento e os efeitos sociais dos ambientes midiáticos, em particular dos meios digitais.
No livro Introdução à Ecologia das Mídias, a professora do Programa de Pós-Graduação da PUC-Rio Adriana Braga, junto com os professores Lance Strate e Paul Levinson, apresenta de forma didática os principais fundamentos teóricos e metodológicos dessa disciplina. A obra foi lançada pela Editora PUC-Rio em parceria com a Loyola Edições.
Adriana Braga é professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUC-Rio e pesquisadora do CNPq.
Lance Strate é escritor e professor de Estudos de Comunicação e Mídias na Fordham University, em Nova York, EUA.
Paul Levinson é escritor e professor de Estudos de Comunicação e Mídias na Fordham University, em Nova York, EUA.
Introdução à Ecologia das Mídias. Rio de Janeiro: Loyola Edições/ Editora PUC-Rio: 2019. 208p.
Andrea França, Tatiana Siciliano e Patricia Machado (orgs.)
Resumo: Os ensaios aqui reunidos abordam, sob diferentes perspectivas teóricas, a história das ditaduras militares por meio das imagens – atentando ao contexto ao qual elas se originam e se referem, mas também às suas trajetórias imprevistas. Orbitam as figuras do exilado, do militante político, do torturado, do fotógrafo/cineasta testemunha, do "outro" colonial, e igualmente do artista, do explorador, do cientista, numa obra que tem como traço comum entre os artigos o exercício de criação de memórias – traduzidas em imagens – em torno da experiência da ditadura, ampliando o sentido que habita as dinâmicas abrangentes do estado de exceção.
Imagens em Disputa: Cinema, vídeo, fotografia e monumento em tempo de ditaduras. 1. ed. Rio de Janeiro: Viveiro de Castro Editora Ltda - 7 Letras, 2018. v. 1. 211p .
Claudia Pereira e Joana Beleza (orgs.)
Resumo: A cultura material nas (sub)culturas juvenis: do DIY às trocas digitais busca demonstrar que os jovens desenham linhas expressivas de pertencimento, por vezes sutis, com códigos particulares e coletivos que se expressam através dos usos que os jovens fazem das “coisas”, objetos materiais e imateriais.
Os textos aqui reunidos demonstram como os usos desses objetos ordinários e as materialidades – comunicacionais e do consumo – são tão importantes para a afirmação identitária dos jovens quanto às representações midiáticas.
O livro traz à reflexão conceitos como cultura juvenil e as teorias de cultura material, que parecem ainda incipientes no Brasil. Além disso, sugere a reintrodução do conceito de subcultura, ressignificando-o depois de superadas as suas limitações e assumindo-se o que dele se pode tirar de proveito para compreender as expressões dos jovens na contemporaneidade.
A obra reúne textos da portuguesa Paula Guerra, da carioca Mônica Machado e da britânica Ruth Adams, que compõem a primeira parte do livro: “Culturas juvenis e práticas locais”. A segunda parte da obra, “Do DIY às trocas digitais: as (sub)culturas materiais”, reúne textos das organizadoras (cariocas) desta coletânea, do norte-americano Ross Haenfler e do britânico Daniel Miller.
Cultura material nas (sub)culturas juvenis: do DIY às trocas digitais. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora Mauad/ Ed. PUC-Rio, 2018. v. 1. 150p .
Everardo Rocha e Marina Frid
Resumo: This study discusses a case of textual analysis of Brazilian women's magazines, the results of which were published in an article in 2016. In short, the article shows how such periodicals construct certain notions of feminine beauty, health, and wellbeing through a logic resembling totemism to disseminate products and services in society. The presentation of this case is structured in four parts. First, there is a brief account of the project and the context of Brazilian culture that encompasses the publishing and reading of the examined magazines. Then, the study introduces some principles of textual analysis and its uses for the investigation of media materials. The third part explains how the method was applied to analyze a collection of Brazilian women's magazines and summarizes the theoretical framework that sustained the interpretation of such texts. Finally, some of the lessons and conclusions of that analysis are outlined at the end of the study.
Consumption and Body Images: A Textual Analysis of Women s Magazines in Brazil. 1. ed. London: SAGE Publications Ltd, 2018.
Everardo Rocha e Ligia Lana (orgs.)
Resumo: Crazy People; No; Kate & Leopold; O diabo veste Prada; Sex and the City: o filme; Do que as mulheres gostam; Um dia de fúria; Amor por contrato; Bling Ring: a gangue de Hollywood; Adeus Lênin!
Dez filmes e dez análises – cada uma sobre um filme – sob a ótica do consumo e do marketing são a tônica de O consumo vai ao cinema. Voltado para todos os que amam cinema e/ou gostariam de “rever” um ou vários desses filmes, mas principalmente para professores e alunos, este livro fornece material didático de peso e subsidios para discussões sobre a relação entre consumo e cultura, comunicação e narrativa publicitária.
Os textos trazem: ficha técnica do filme, descrição detalhada do enredo e análise que articula, além das questões do consumo, as particularidades do filme em questão com os conceitos e teorias do campo de comunicação. Por fim, bibliografia de apoio e exercícios que buscam aprofundar a análise apresentada e propor reflexões e metodologias para novas leituras e perspectivas.
O consumo vai ao cinema: narrativas de filmes e o mundo dos bens. Rio de Janeiro: Mauad X / Editora PUC-Rio, 2018. 200p.
Leonel Aguiar, Monica Martinez e Marcos Paulo da Silva (orgs.)
Resumo: Composto por 24 capítulos, o e-book Desigualdades, Relações de Gênero e Estudos de Jornalismo resulta de uma chamada para seleção de trabalhos feito pelo Grupo de Pesquisa em Teorias do Jornalismo da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e está alinhado com o tema do 41o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que ocorreu em Joinville, Santa Catarina, em setembro de 2018. O objetivo deste dossiê, produzido por 46 pesquisadoras e 12 pesquisadores, foi congregar reflexões e contribuições a respeito da interlocução das questões das relações de gênero com os estudos teóricos do jornalismo. A perspectiva teórica desta publicação parte do princípio de que as desigualdades sociais – econômicas, étnicas, geopolíticas e, especialmente, de relações de gênero, tema do dossiê – tencionam e se manifestam no jornalismo de modo muito mais complexo do que as mazelas que cotidianamente são apresentadas (e representadas) nas pautas noticiosas. Entende-se que esta é uma questão ontológica para o campo jornalístico. As desigualdades estão na organização da esfera profissional, nas linguagens constitutivas da prática jornalística, nas características estético-expressivas e ético-políticas do modo particular de narração dos fatos pelas notícias e por outros formatos jornalísticos. Em um sentido mais amplo, a desigualdade remete à ideia de dessemelhança, diferença; em última instância, ao universo da alteridade, condição sine qua non na democracia, desde que respeitada, para o desenvolvimento de uma sociedade dialógica e tolerante. Por seu turno, a ideia de relações de gênero, como conceito e/ou noção, remete a diferentes interpretações no terreno das teorias sociais.
Desigualdades, Relações de Gênero e Estudos de Jornalismo. São Paulo: Life Editora, 2018.
Claudia Pereira (org.)
Resumo: A obra Culturas, consumos e representações midiáticas da juventude, organizada por Cláudia Pereira, é um convite à reflexão. Refletir sobre a juventude é refletir a respeito de nossa sociedade. Ou do nosso zeitgeist.
Sobre os jovens depositam-se todas as expectativas a respeito de futuros sempre incertos, desde aquele dos dias da Guerra Fria a este que teme o terrorismo pós-Torres Gêmeas, os desastres ambientais ou o apocalipse Zumbi. Aos jovens (quase) tudo é permitido, desde o “sex, drugs and rock’n’roll” da segunda metade do século XX até a “identidade de gênero”, as drogas sintéticas e o mesmo rock’n’roll – este permanece firme e forte, mesmo agora, entre tantas outras cenas musicais – do início do século XXI. Por meio dos jovens, sustentam-se ideologias e estilos de vida, desde o “paz e amor” hippie até a “eterna juventude” fitness, para qualquer idade. Em nome dos jovens, enfim, sucedem-se discursos políticos e movimentos sociais, desde os antirracistas e feministas dos anos 1960 até os da Primavera Árabe, apoiados pelas redes sociais on-line. Gerações mudam, mas se mantém a compreensão da juventude tal como ela sempre foi, o que indica que se trata de um produto muito bem acabado da cultura midiática.
À iniciativa de reunir, em um só livro, textos que privilegiem a juventude como objeto de pesquisa, mas, sobretudo, como inspiração para uma reflexão mais densa sobre temas como gênero, corpo, espacialidades e lugares, subculturas e sociabilidades, entre outros, corresponde o desejo de demonstrar de que modo os estudos da Comunicação podem contribuir para as Ciências Sociais naquilo que diz respeito às suas relações com os estudos culturais, com as representações midiáticas, com os sistemas de significação presentes no consumo e com a cada vez mais pervasiva vida digital das redes sociais on-line.
Culturas, consumos e representações midiáticas da juventude. Curitiba: Appris, 2017. 243p.
Claudia Pereira
Resumo: Na contemporaneidade, marcada pelas intensas mudanças que os rápidos avanços tecnológicos têm causado, quais são as competências mais exigidas de um especialista de planejamento de comunicação? O primeiro aspecto que precisamos considerar nesse sentido é que esse profissional enfrenta cotidianamente o desafio de desenvolver planejamentos que sejam flexíveis o suficiente para dar suporte a tanta dinamicidade. Conheça aqui as principais teorias que embasam essa área e veja, por meio de exemplos concretos e aplicados, como esses conteúdos podem ser aplicados à prática profissional de um planner.
Planejamento de comunicação: conceitos, práticas e perspectivas. Curitiba: Intersaberes, 2017. 242 p.
Leonel Aguiar e Adriana Barsotti (orgs.)
Resumo: Clássicos da comunicação reúne artigos que descrevem e contextualizam 20 teóricos considerados os mais relevantes para o campo dos estudos comunicacionais. Ainda um campo recente, que emergiu no começo do século XX, a comunicação social é considerada uma área de pesquisa interdisciplinar, o que torna a seleção daqueles que seriam os seus autores clássicos um desafio acadêmico, na visão dos organizadores da obra. Essa escolha ancorou-se na definição de Italo Calvino sobre um autor clássico, sendo aquele que persiste na atualidade, exerce determinada forma de influência e está inserido no processo de construção social do conhecimento científico.
A obra é composta por 20 capítulos, ou seja, cada um destinado à vida e à obra de um teórico, demonstrando a repercussão histórica e as suas influências na área da comunicação. Aponta ainda a bibliografia fundamental de cada um, destacando especialmente as obras traduzidas para a língua portuguesa.
Clássicos da Comunicação. Os teóricos, de Peirce a Canclini. Rio de Janeiro: Editora Vozes/ Editora PUC-Rio, 2017. 368p.
Tatiana Siciliano e Olga Bon
Resumo: Sob o pseudônimo Elói, o herói, Artur Azevedo publicou quinzenalmente, de 15 de dezembro de 1885 a 30 de junho de 1903, suas “Croniquetas” na revista feminina A Estação: Jornal Ilustrado para a Família. Este volume apresenta 87 delas, escritas do início de sua produção até a última de 1889. Ao longo desse período, a cidade do Rio de Janeiro, a princípio a Corte imperial de uma sociedade escravista, transformou-se na capital federal de um país que acabara de abolir o trabalho escravo e experimentara um golpe militar pelo qual a República se instaurou. As crônicas aqui reunidas se configuram, assim, num meio privilegiado para acompanhar a lógica desse processo, tal como testemunhado pelo olhar atento do cronista.
Com humor, ironia e alguma acidez, seu texto trata dos principais acontecimentos da cidade e do país, à luz de um enfoque que buscava atender aos interesses do público feminino para o qual o periódico se destinava. Em linguagem coloquial e, por vezes, em tom pedagógico, Artur Azevedo se propunha a ler os fatos do mundo para suas leitoras, mesmo que estes supostamente fugissem às atribuições que lhes cabiam. É sobre os ombros delas, portanto, que temos hoje a chance de saber o que, de seu observatório, Elói, o herói lhes escrevia a cada duas semanas.
Croniquetas/Artur Azevedo. 1a. ed. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria Ltda, 2017. 304p .
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